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Você sabe o que é Antropologia?

Antropologia (cuja origem etimológica deriva do grego άνθρωπος anthropos, (homem / pessoa) e λόγος (logos - razão / pensamento) é a ciência preocupada com o fator humano e suas relações. A divisão clássica da Antropologia distingue a Antropologia Social da Antropologia Física. Cada uma destas, em sua construção abrigou diversas correntes de pensamento.

Pode-se afirmar que há poucas décadas a antropologia conquistou seu lugar entre as ciências. Primeiramente, foi considerada como a história natural e física do homem e do seu processo evolutivo, no espaço e no tempo. Se por um lado essa concepção vinha satisfazer o significado literal da palavra, por outro restringia o seu campo de estudo às características do homem físico. Essa postura marcou e limitou os estudos antropológicos por largo tempo, privilegiando a antropometria, ciência que trata das mensurações do homem fóssil e do homem vivo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia

Algumas informações básicas sobre os principais paradigmas e escolas de pensamento antropológico:


Formação de uma literatura “etnográfica” sobre a diversidade cultural

Período: Séculos XVI-XIX

Características: Relatos de viagens (Cartas, Diários, Relatórios etc.) feitos por missionários, viajantes, comerciantes, exploradores, militares, administradores coloniais etc.

Temas e Conceitos: Descrições das terras (Fauna, Flora, Topografia) e dos povos “descobertos” (Hábitos e Crenças).Primeiros relatos sobre a AlteridadeAlguns Representantes e obras de referênciaPero Vaz Caminha (“Carta do Descobrimento do Brasil” - séc. XVI). Hans Staden (“Duas Viagens ao Brasil” - séc. XVI). Jean de Léry (“Viagem a Terra do Brasil” - séc. XVI). Jean Baptiste Debret (“Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil” - séc. XIX).

Escola/Paradigma: Evolucionismo Social

Período: Século XIX

Características: Sistematização do conhecimento acumulado sobre os “povos primitivos”.

Predomínio do trabalho de gabinete

Temas e Conceitos: Unidade psíquica do homem.Evolução das sociedades das mais “primitivas” para as mais “civilizadas”.Busca das origens (Perspectiva diacrônica)Estudos de Parentesco /Religião /Organização Social.Substituição conceito de raça pelo de cultura.

Alguns Representantes e obras de referência: Maine (“Ancient Law” - 1861). Herbert Spencer (“Princípios de Biologia” - 1864). E. Tylor (“A Cultura Primitiva” - 1871). L. Morgan (“A Sociedade Antiga” - 1877). James Frazer (“O Ramo de Ouro” - 1890).


Escola/Paradigma: Escola Sociológica Francesa

Período: Século XIX

Características: Definição dos fenômenos sociais como objetos de investigação socio-antropológica. Definição das regras do método sociológico.

Temas e Conceitos: Representações coletivas.Solidariedade orgânica e mecânica. Formas primitivas de classificação (totemismo) e teoria do conhecimento. Busca pelo Fato Social Total (biológico + psicológico + sociológico). A troca e a reciprocidade como fundamento da vida social (dar, receber, retribuir).

Alguns Representantes e obras de referência: Émile Durkheim:“Regras do método sociológico”- 1895; “Algumas formas primitivas de classificação” - c/ Marcel Mauss - 1901; “As formas elementares da vida religiosa” - 1912. Marcel Mauss:“Esboço de uma teoria geral da magia” - c/ Henri Hubert - 1902-1903; “Ensaio sobre a dádiva” - 1923-1924; “Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a noção de eu”- 1938).

Escola/Paradigma: Funcionalismo

Período: Século XX - anos 20

Características: Modelo de etnografia clássica (Monografia).

Ênfase no trabalho de campo (Observação participante). Sistematização do conhecimento acumulado sobre uma cultura.

Temas e Conceitos: Cultura como totalidade.Interesse pelas Instituições e suas Funções para a manutenção da totalidade cultural.Ênfase na Sincronia x Diacronia.

Alguns Representantes e obras de referência: Bronislaw Malinowski (“Argonautas do Pacífico Ocidental” -1922). Radcliffe Brown (“Estrutura e função na sociedade primitiva” - 1952-; e “Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e Casamento”, org. c/ Daryll Forde - 1950). Evans-Pritchard (“Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande” - 1937; “Os Nuer” - 1940). Raymond Firth (“Nós, os Tikopia” - 1936; “Elementos de organização social - 1951). Max Glukman (“Ordem e rebelião na África tribal”- 1963). Victor Turner (“Ruptura e continuidade em uma sociedade africana”-1957; “O processo ritual”- 1969). Edmund Leach - (“Sistemas políticos da Alta Birmânia” - 1954).


Escola/Paradigma: Culturalismo Norte-Americano

Período: Séc. XX - anos 30

Características: Método comparativo. Busca de leis no desenvolvimento das culturas. Relação entre cultura e personalidade.

Temas e Conceitos: Ênfase na construção e identificação de padrões culturais (“Patterns of culture”) ou estilos de cultura (“ethos”).

Alguns Representantes e obras de referência: Franz Boas (“Os objetivos da etnologia” - 1888; “Raça, Língua e Cultura” - 1940). Margaret Mead (“Sexo e temperamento em três sociedades primitivas” - 1935). Ruth Benedict (“Padrões de cultura” - 1934; “O Crisântemo e a espada” - 1946).

Escola/Paradigma: Estruturalismo

Período: Século XX - anos 40

Características: Busca das regras estruturantes das culturas presentes na mente humana. Teoria do parentesco/Lógica do mito/Classificação primitiva. Distinção Natureza x Cultura.

Temas e Conceitos: Princípios de organização da mente humana: pares de oposição e códigos binários.Reciprocidade

Alguns Representantes e obras de referência: Claude Lévi-Strauss:“As estruturas elementares do parentesco” - 1949. “Tristes Trópicos”- 1955. “Pensamento selvagem” - 1962. “Antropologia estrutural” - 1958 “Antropologia estrutural dois” - 1973 “O cru e o cozido” - 1964 “O homem nu” - 1971

Escola/Paradigma: Antropologia Interpretativa

Período: Século XX - anos 60

Características: Cultura como hierarquia de significados Busca da “descrição densa”. Interpretação x Leis. Inspiração Hermenêutica.

Temas e Conceitos: Interpretação antropológica: Leitura da leitura que os “nativos” fazem de sua própria cultura.Alguns Representantes e obras de referência: Clifford Geertz: “A interpretação das culturas” - 1973. “Saber local” - 1983.

Escola/Paradigma: Antropologia Pós-Moderna ou Crítica

Período e obra: Século XX - nos 80

Características: Preocupação com os recursos retóricos presentes no modelo textual das etnografias clássicas e contemporâneas. Politização da relação observador-observado na pesquisa antropológica. Critica dos paradigmas teóricos e da “autoridade etnográfica” do antropólogo.

Temas e Conceitos: Cultura como processo polissêmico. Etnografia como representação polifônica da polissemia cultural. Antropologia como experimentação/arte da crítica cultural.

Alguns Representantes e obras de referência: James Clifford e Georges Marcus (“Writing culture - The poetics and politics of ethnography” - 1986). George Marcus e Michel Fischer (“Anthropoly as cultural critique” - 1986). Richard Price (“First time” - 1983). Michel Taussig (“Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem”- 1987). James Clifford (“The predicament of culture” - 1988).

Fonte: http://nant-iscsp.blogspot.com/2005_05_01_archive.html

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Antropologia repensada para estudar as sociedades contemporâneas


Com novo prefácio, e acrescido de mais um capítulo, é 
reeditado pela Editora Unesp Antropologia das 
sociedades contemporâneas: métodos. Por se encontrar 
esgotado há muito tempo, o livro volta às livrarias após 
23 anos da sua primeira edição, já que os textos, 
organizados por Bela Feldman-Bianco, continuaram sendo um 
eficiente recurso de consulta, reunindo importantes 
estudos que mesmo com o passar dos anos mantinham-se 
atuais em suas discussões e temáticas.

O objetivo do livro é pensar a reformulação de uma 
antropologia voltada para as tradicionais sociedades 
primitivas para olhar e entender as rápidas mudanças 
provocadas pela industrialização e urbanização, questão 
essa abordada principalmente na primeira parte do livro, 
no artigo de S.F. Nobel. Na segunda parte, encontram-se 
textos acerca dos 'quase grupos', redes sociais, amizades 
e coalisões. Por fim, o livro dedica-se aos processos 
sociais e à História por meio de autores como Max 
Gluckman, cujo texto essencial aos estudos dessa área é 
tido como "fundador de um estilo de fazer antropologia, 
desenvolvido na 'Escola de Manchester' que privilegia a 
observação, descrição e análise de situações sociais 
concretas", como afirma Peter Fry.

Esta antologia inclui estudos de etnógrafos em sua 
maioria ingleses, cujas pesquisas de campo foram 
realizadas na África, Ásia e Europa durante um período 
que caracteriza uma mudança de direção nos estudos 
antropológicos. O foco deixa de ser as sociedades 
particulares, para se priorizar o estudo minucioso e 
cuidadoso das sociedades contemporâneas. Incluindo 
processos de mudanças sociais e as problemáticas 
inseridas nesse novo contexto.

Sobre a organizadora - Bela Feldman-Bianco possui 
PHD em Antropologia pela Columbia University, com pós-
doutorado em História por Yale, leciona na Universidade 
Estadual de Campinas (Unicamp) onde também dirige o 
Centro de Estudos de Migrações Internacionais (CEMI). Tem 
extensa experiência de pesquisa de campo e documental no 
Brasil, Estados Unidos e Portugal sobre questões 
relacionadas a cultura e poder, com ênfase nas relações 
entre nação, raça e diásporas em perspectiva comparativa.

Título: Antropologia das sociedades 
contemporâneas - Métodos
Organizadora: Bela Feldman-Bianco
Páginas: 524
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 65,00
ISBN: 978-85-7139-936-5
Data de publicação: 2010

Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser 
adquiridos pelo telefone (11) 3107-2623 ou pelos sites: 
www.editoraunesp.com.br ou www.livrariaunesp.com.br

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pós-Graduação em Antropologia Social da UnB seleciona recém-doutores - DF

Inscrições até 18 de outubro

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (UnB) recebe, até 18 de outubro, a inscrição de candidatos interessados em participar do processo de seleção de bolsa do Programa de Absorção de Recém Doutores (Prodoc).
Os candidatos deverão ter obtido o título de doutor em Antropologia há no máximo cinco anos.
O edital está disponível em: www.unb.br/ics/dan
Mais informações pelos fones (61) 3273-3264, 3307-3006 e 3307-2368, ou pelo e-mail: dan@unb.br

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Lançamento do documentário "Mapuches, un pueblo contra el Estado" - BA

Nesta próxima quinta-feira, 7 de outubro, será realizado o pré-lançamento do documentário MAPUCHES, UN PUEBLO CONTRA EL ESTADO ( 60 min./ 2010/ espanhol, com legendas em português), do diretor argentino radicado em Salvador, Carlos Pronzato.
Após a exibição do filme haverá uma conversa sobre movimentos sociais na América Latina, em particular sobre o que vem ocorrendo com os mapuche, no Chile.
Contaremos com a presença do diretor, Carlos Pronzato, do fotógrafo Rogerio Ferrari e do jornalista e escritor mexicano Alejandro Reyes.
 
QUANDO: quinta-feira, dia 7/10, às 19h00
ONDE: Sala Walter da Silveira
Rua General Labatut, 27 - Barris (prédio da Biblioteca Pública Estadual). Tel: (71) 3328-8100
Entrada franca
 
Carlos Pronzato  é argentino radicado na Bahia. Diretor teatral, poeta, cineasta/documentarista e ativista social, Carlos Pronzato tem se dedicado a retratar nos seus mais recentes filmes os atuais conflitos sócio-políticos latino-americanos, além de se debruçar sobre aspectos históricos fundamentais do continente (“Carabina M2, uma arma americana, Che na Bolívia”; “Buscando a Salvador Allende”; “Madres de Plaza de Mayo, memória, verdade, justiça”, etc). Seu mais recente documentário é sobre o povo/nação mapuche: “Mapuches, um povo contra o Estado” premiado na XXXVII Jornada Internacional de Cinema da Bahia. http://www.lamestizaaudiovisual.blogspot.com/
 
Rogerio Ferrari é fotógrafo e vem já há alguns anos trabalhando numa série de ensaios fotográficos que abordam questões relacionadas ao seu projeto "Existências / Resistências".  O projeto evidencia, através das imagens, publicação de livros, debates e exposições fotográficas, o lado desconhecido de conhecidos conflitos: Palestinos sob ocupação israelense; Curdos, na Turquia; Zapatistas no México; Movimento dos Sem-Terra no Brasil; refugiados palestinos no Líbano e na Jordânia; refugiados Saarauis no deserto do Saara e nos territórios ocupados pelo Marrocos; Mapuches no Chile, e os ciganos na Bahia.
É autor dos livros Palestina - a eloquência do sangue; Zapatistas, a velocidade do sonho; Curdos, uma nação esquecida. http://rogerioferrari.wordpress.com/
 
Alejandro Reyes nasceu na cidade do México, é jornalista e escritor. Depois de viver alguns anos nos Estados Unidos e na França, mudou-se para o Brasil, onde fez trabalho social com crianças e adolescentes de rua. É mestre em Estudos Latino-Americanos pela Universidade da Califórnia e doutorando em Literatura Latino-Americana, cuja tese incide sobre a literatura marginal. Está no Brasil para o lançamento de seu livro A rainha do cine Roma. Reside atualmente em Chiapas e colabora com www.radiozapatista.org

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Seminário e bate papo com o etnólogo e escritor Jean-Yves Loude - BA

ENCONTROS AFRICA X EUROPA X BRASIL
O Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA (IHAC) e o SCAC Salvador, com apoio da Région Rhône-Alpes recebem o etnólogo, escritor e viajante Jean-Yves Loude para dois seminários O encontro da África e da Europa (4 de outubro) e Pepitas brasileiras (5 de outubro).
Durante vinte anos, Jean-Yves Loude e sua mulher, Viviane Lièvre, ambos etnólogos, percorreram os países africanos de língua portuguesa. Da efervescência musical em Cabo-Verde ao teatro ritual nas ilhas de São Tomé e Príncipe, do Mali medieval a Lisboa, cidade negra, eis o longo caminho de um escritor viajante a procura da resistência das culturas populares. Se hoje, todos os limites do nosso mundo parecem ter sido alcançados, uma das razões urgentes de viajar ainda seria de explorar uns esconderijos das nossas memórias enterradas, ocultadas e mesmo assassinadas. Nas suas narrativas de viagem, o escritor e etnólogo Jean-Yves Loude dirige investigações quase policiais sobre as consequências imprevistas das Grandes Descobertas portuguesas e salientam a emergência de várias culturas nascidas entre povos oriundos das bodas brutais da Europa com a África, manifestações de resistência que, incontestavelmente, fazem parte do patrimônio da humanidade.
Após anos de viagem pela África chegou a hora dessas buscas prosseguirem no Brasil, cuja notória vitalidade provém, em grande parte, da impetuosa vontade de sobreviver sentida por milhões de Africanos e seus descendentes submetidos à escravidão durante séculos. Mais uma vez, Jean-Yves Loude e Viviane Lièvre resolvem viajar por trás da fachada da História oficial e da muralha dos preconceitos redutores, ao encontro dessa criatividade dos Afro-descendentes, que merece atenção e reconhecimento por sua participação essencial na edificação da identidade do Brasil. Do Rio de Janeiro a São Luís do Maranhão, passando pelos Estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, o casal francês irá em busca de figuras, personalidades mortas ou vivas, vultos negros anônimo s ou pouco reconhecidos, músicos, poetas das ruas, quilombolas, fiéis de cultos sincréticos, artistas autodidatas, na esperança de, finalmente, chegar aos sítios arqueológicos onde repousa hoje, intensamente, a questão sobre as origens dos primeiros Brasileiros.
Jean-Yves Loude, filho de Jules Verne, irmãozinho de Tintin, conta, lê, explica seu processo criativo literário, traz sons e músicas inéditas e provoca bate papo com a platéia. Desde adolescente, Jean-Yves Loude só pensa em viajar o mundo. Lendo Alexandra David-Neel, Kipling, Kessel, Jules Verne e Tintin, ele também pretende se tornar explorador. Aos vinte, deixa a Europa para Índia, Nepal, Paquistão, Afeganistão e Irã. Passa dois anos no Himalaia, roda Cabo Verde, escala a montanha de Tintin no Tibete ou o monte Camarões, investiga em Tombucutu ou em Lisboa. Também foi visto em Montreal e avaliou o mito da fun dação de Brasília. Mas a cada vez, volta feliz à sua terra de Beaujolais onde ele escreve para os grandes e os jovens para compartilhar suas experiências. Jean-Yves Loude publicou mais de quarenta livros, muitos dos quais na editora Actes Sud.
Seminário e bate papo com o etnólogo e escritor Jean-Yves Loude
04.10, 14h, O encontro da África e da Europa
05.10, 14h, Pepitas brasileiras
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da UFBA, PAF I (campus Ondina)
entrada franca

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Faleceu o antropólogo Vivaldo da Costa Lima - BA


A primeira vez que ouvi falar sobre antropologia ouvi, aos 7 anos de idade, da boca do próprio professor Vivaldo da Costa Lima, simbolo da antropologia brasileira, que foi "bater um pouco" com os alunos do antigo primário de uma escola pública, situada no bairro do Maciel - Pelourinho, que leveva o nome deste grande mestre. Eu, ousadamente, já era aluno do 2º e estava entre os mais curiosos e lhe fiz, na época, várias perguntas... A antropologia me mordeu ali, e desatento, não entendi que esta disciplina em algum tempo minha maior linha de ação profissional. Perdi muito tempo. Em 1990, fui aluno do professor Vivaldo no curso de Ciências Socias, na UFBA, ali, tive contato com sua arrogância , e na mesma proporção, com sua maestria e generosidade intelectual.
Vivaldo se foi... Nesta quarta-feira, dia 22 de setembro; o sol quente dos trópicos e a Primavera iniciando. Se foi deixando discípulos e livros, leituras expressivas sobre a diversidade cultural humana à luz das mais importantes teorias antropológicas que circularam nos meios acadêmicos no mundo. Se foi cumprindo uma vida como homem, intelctual e político - que será para sempre lembrado na cidade e no País que ele tanto contou história e preservou a memória, e dignificou o filão dos que usam a ciência como forma de melhorar o mundo explicando a necessidade da coexistência entre os diferentes, e lançando luz sobre os feitos culturais dos que foram submetidos pela escravidão ou pela pobreza social.
E eu aqui: aquele menino descobrindo o termo antropologia em 1977; hoje, 2010, continuo querendo querendo querendo descobrir a antropologia captando e exprimindo a poesia que há nela e que senti pela primeira vez na fala de um dos mestres maiores que esta ciência produziu no Brasil.

Oyá veio buscá-lo... O senhor foi o melhor intérprete do Afro-Brasil... Ogum que lhe dê assento no Orum entre os ventos nobres e negros do povo que o senhor tanto estudou. Olorum modupé e minhas saudades sinceras!!!

Marlon Marcos - um poeta em busca da poesia da antropologia.
Só sei do Mar que habita em mim.
http:// www.memoriasdomar.blogspot.com

quarta-feira, 12 de maio de 2010

POSAFRO/UFBA promove "Seminário sobre o Museu Digital da Memória Afro-Brasileira" - BA

Convidamos todos os interessados a participar do Primeiro Seminário do projeto de Museu Digital da Memória Afro-Brasileira que se realiza no CEAO nos dias de 10 e 11 de Junho com o apoio do Programa Pró-Cultura da Capes, que une o PPG em Estudos Étnicos e Africanos da UFBA(programa coordenador do projeto), o PPG em Antropologia da UFPE e o PPG em Ciências Sociais da UFMA. Participam deste seminário, entre outros, Sérgio Ferretti e Carlos Benedito (UFMA), António Motta (UFPE), Myrian Santos (UERJ) e pesquisadores de outras instituições de Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia. Neste seminário visamos debater os desafios e as possibilidades proporcionados pelo processo de construção do Museu Digital da Memória Afro-Brasileira, um projeto de abrangência nacional que já dispõe de bases em S.Luis, Recife, Salvador e Rio de Janeiro e recebeu apoio de diferentes entidades (Finep, Prins Claus Foundation, Capes, Faperj, Fapesb e CNPq) e que conta com a colaboração de importantes arquivos no exteriro (Smithsonian, Melville Herskovits Library, UNESCO). Nosso Museu Digital está agora filiado á Rede da Memória Virtual da Fundação Biblioteca Nacional, pretende se cadastrar na lista de museus digitasi mantida pelo Insttuto Brasileiro do Museu (IBRAM) e escolheu a Biblioteca Nacional para ser nosso depositário digital (é lá que será quardada cópia de todos os documentos em formado de alta definição).
Pela manhã o encontro é reservado aos pesquisadores júnior e sénior que já integram as equipes do projeto. Duas sessões do seminário estão abertas ao público, nas tardes de quinta e sexta feiras dia 10 e 11 de Junho.
 
Programação:

Qunta feira dia 10:
9-12.30 h: sessão de trabalho sobre o sistema de arquivação
 
14.30-18h : Sessão publica: Como funciona nosso Museu Digital? Apresentação do trabalho das equipes no Maranhão, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro
 
Sexta feira dia 11 de junho:
9-12.30 h: segunda sessão de trabalho dedicada ao termos de cessão e responsabilidade digital.
 
14.30-18h : Sessão Pública: Politica e prática de um museu digital da memória afro-brasileira.
 
18.hs Coquetel de lançamento do Museu Digital da Memória Afro-Brasileira.
 
Os interessados em participar podem se inscrever por Email no fabrica@ufba.br ou pelo telefone 71-33226813.
 
Aqui segue uma breve descrição de nosso projeto, cuja homepage, ainda em consntrução, é www.arquivoafro.ufba.br. O propósito do primeiro Museu Digital da
Memória Afro-Brasileira é disponibilizar e intercambiar cópias de documentos por
internet, reunindo num só acervo documental digital os fundos de arquivo relativos aos Estudos Afro-Brasileiros que hoje se acham dispersos em várias instituições e coleções privadas, tanto nacionais como internacionais.
Este projeto se inicia como uma iniciativa de pesquisa e extensão do Programa Fábrica de Idéias, hoje lotado no Centro de Estudos Afro-Orientais/CEAO da UFBA, em parceria com outras universidades nacionais (sobretudo UFPE, UFMA, UERJ e UEFS) e estrangeiras, bem como com arquivos e fundos documentais tanto nacionais quanto internacionais. Para tal, conta ainda com a participação de pesquisadores de outras unidades e instituições, a exemplo da Faculdade de Educação da UFBA, da Universidade Federal do Recôncavo Baiano /UFRB, do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM) e o apoio da Associação Brasileira de Antropologia/ABA.
Propor a construção de museu totalmente virtual para resgate da memória afrobrasileira é também uma estratégia para fomentar a relação entre a Universidade,
museus físicos, os centros de pesquisa e a sociedade. Em um sentido mais geral,
nosso objetivo é também a criação de melhores condições para a institucionalização e o fortalecimento em nível de pesquisa dos Estudos Étnico-Raciais.
 
Nossos propositos são:
 1.      Digitalizar documentação, acervos particulares, inventariar memórias vivas das
culturas afro-descendentes;
2. Estimular a produção de tecnologias sociais; e ferramentas interativo-colaborativas
que possibilitam ampliar a construção de novas bases de dados e fontes para
pesquisadores interessados na temática dos estudos étnicos e africanos e áreas afins;
3 Desenvolver em parceria com diversos arquivos e pesquisadores um
ambiente/plataforma, (posteriormente um software para fins educativos) para a
preservação de arquivos no Brasil e na África (sobretudo, em Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, Angola e Senegal).
 
Nosso Lema
Generosidade digital, isto é, a idéia de um museu sem dono;
Repatriação digital, ou seja, incentivo a que os arquivos retornem a seus locais de origem;
Doação digital e preservação da Memória das populações subalternizadas.
 
Aos interessados em participar da construção do nosso acervo através de sugestões e/ou doações de documentos de qualquer tipo, é possível fazê-las mediante
contato via e-mail (arquivoafro@ufba.br) ou telefone (71) 3283-5509.
 
Coleções on line
Alguns catálogos e acervos já se encontram digitalizados. Demos preferência neste
momento incial do projeto em reunir os fundos de arquivo correspondentes ao
período 1930-1960 com trabalhos produzidos por antropólogos e etnólogos. Será possível ver também documentos do Arquivo Histórico de Moçambique, um dos nossos parceiros no desenvolvimento de novas técnicas e abordagens, bem como registros de áudio.
 
Acervo:
Já estão on line algumas coleções, entre outras:
Ruth Landes
Franklin E. Frazier
Melville Herskovits
Donald Pierson
Arquivo Histórico de Moçambique (AHM)
Luiz Cleber Moraes Freire
UNESCO – Projeto UNESCO no Brazil e Declaração sobre a Raça
Áudio (gravações de M. Herskovits e L. Turner)
 
Já se encontram digitalizadas e, em breve,estarão on line outras coleções, a exemplo
de:
Fundos de Arquivo de outros membros doProjeto UNESCO;
Fundos de arquivo de outros cientistas sociais que atuaram na Bahia (1930-60).

Livio Sansone
Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (POSAFRO)
Centro de Estudos Afro-Orientais
Universidade Federal da Bahia
Largo Dois de Julho, Centro
40025-010 Salvador - Bahia - Brasil
tel.55-71- 33226813 cel. 55-71-87970122
sansone@ufba.br   e  liviosansone@yahoo.com
www.arquivoafro.ufba.br, www.fabricadeideias.ufba.br

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Nota da Comissão de Assuntos Indígenas sobre matéria da Veja

A reportagem divulgada pelo último número da revista Veja, provocativamente intitulada "Farra da Antropologia oportunista", acarretou uma ampla e profunda indignação entre os antropólogos, especialmente aqueles que pesquisam e trabalham com temas relacionados aos povos indígenas. Dados quantitativos inteiramente equivocados e fantasiosos (como o de que menos de 10% das terras estariam livres para usos econômicos, pois 90% estariam em mãos de indígenas, quilombolas e unidades ambientais!!!) conjugam-seà sistemática deformação da atuação dos antropólogos em processos administrativos e jurídicos relativos a definição de terras indígenas.
Afirmações como a de que laudos e perícias seriam encomendados pela FUNAI a antropólogos das ONG's e pagos em função do número de indígenas e terras "identificadas" (!) são obviamente falsas e irresponsáveis. As perícias são contratações realizadas pelos juízes visando subsidiar técnica e cientificamente os casos em exame, como quaisquer outras perícias usuais em procedimentos legais. Para isto o juiz seleciona currículos e se apóia na experiência da PGR e em consultas a ABA para a indicação de profissionais habilitados. Quando a FUNAI seleciona antropólogos para trabalhos antropológicos o faz seguindo os procedimentos e cautelas da administração pública.
Os profissionais que realizam tais tarefas foram todos formados e treinados nas universidades e programas de pós-graduação existentes no país, como parte integrante do sistema brasileiro de ciência e tecnologia. A imagem que a reportagem tenta criar da política indigenista como uma verdadeira terra de ninguém, ao sabor do arbítrio e das negociatas, é um absurdo completo e tem apenas por finalidade deslegitimar o direito de coletividades anteriormente subalternizadas e marginalizadas.
Não há qualquer esforço em ser analítico, em ouvir os argumentos dos que ali foram violentamente criticados e ridicularizados. A maneira insultuosa com que são referidas diversas lideranças indígenas e quilombolas, bem como truncadas as suas declarações, também surpreende e causa revolta. Sub-títulos como "os novos canibais", "macumbeiros de cocar", "teatrinho na praia", "made in Paraguai", "os carambolas", explicitam o desprezo e o preconceito com que foram tratadas tais pessoas. Enquanto nas criticas aos antropólogos raramente são mencionados nomes (possivelmente para não gerar demandas por direito de resposta), para os indígenas o tratamento ultrajante é na maioria das vezes individualizado e a pessoa agredida abertamente identificada. Algumas vezes até isto vem acompanhado de foto.
A linguagem utilizada é unicamente acusatória, servindo-se extensamente da chacota, da difamação e do desrespeito. As diversas situações abordadas foram tratadas com extrema superficialidade, as descrições de fatos assim como a colocação de adjetivos ocorreram sempre de modo totalmente genérico e descontextualizado, sem qualquer indicação de fontes. Um dos antropólogos citado como supostamente endossando o ponto de vista dos autores da reportagem afirmou taxativamente que não concorda e jamais disse o que a revista lhe atribuiu, considerando a matéria "repugnante". O outro, que foi presidente da FUNAI por 4 anos, critica duramente a matéria e destaca igualmente que a citação dele feita corresponde a "uma frase impronunciada" e de "sentido desvirtuante" de sua própria visão.
A agressão sofrida pelos antropólogos não é de maneira alguma nova nem os personagens envolvidos são desconhecidos, isto apenas considerando os últimos anos. O antropólogo Stephen Baines em 2006 concedeu uma longa entrevista a Veja sobre os índios Waimiri-Atroari, população sobre a qual escrevera anos antes sua tese de doutoramento. 
A matéria não saiu, mas poucos meses depois, uma reportagem intitulada "Os Falsos Índios", publicada em 29 de março de 2006, defendendo claramente os interesses das grandes mineradoras e empresas hidroelétricas em terras indígenas, inverteu de maneira grosseira as declarações do antropólogo (pg. 87). Apesar dos insistentes pedidos do antropólogo para retificação, sua carta de esclarecimento jamais foi publicada pela revista. O autor da entrevista não publicada e da reportagem era o sr. Leonardo Coutinho, um dos autores da matéria divulgada na última semana pelo mesmo meio de comunicação.
Em 14-03-2007, na edição 1999, entre as pgs. 56 e 58, uma nova invectiva contra os indígenas foi realizada pela Veja, agora visando o povo Guarani e tendo como título "Made in Paraguai - A Funai tenta demarcar área de Santa Catarina para índios paraguaios, enquanto os do Brasil morrem de fome". O autor era José Edward, parceiro de Leonardo Coutinho, na matéria citada no parágrafo anterior. Curiosamente um sub-título foi repetido na matéria da semana passada - "Made In Paraguay".
O então presidente da ABA, Luis Roberto Cardoso de Oliveira, solicitou o direito de resposta e encaminhou um texto à revista, que nem sequer lhe respondeu.
Poucos meses depois a revista Veja, em sua edição 2021, voltou à carga com grande sensacionalismo. A matéria de 15-08-2007 era intitulada "Crimes na Floresta – Muitas tribos brasileiras ainda matam crianças e a Funai nada faz para impedir o infanticídio" ( pgs. 104-106). O sub-título diz explicitamente que o infanticídio não teria sido abandonado pelos indígenas em razão do "apoio de antropólogos e a tolerância da Funai." A matéria novamente foi assinada pelo mesmo Leonardo Coutinho.
Novamente o protesto da ABA foi ignorado pela revista e pode circular apenas através do site da entidade. 
Em suma, jornalismo opinativo não pode significar um exercício impune da mentira nem práticas sistemáticas de detratação sem admissão de direito de resposta. O mérito de uma opinião decorre de informação qualificada, de isenção e equilíbrio. Ao menos no que concerne aos indígenas as matérias elaboradas pela Veja, apenas requentam informações velhas, descontextualizadas e superficiais, assumindo as características de uma campanha, orquestrada sempre pelos mesmos figurantes, que procuram pela reiteração inculcar posturas preconceituosas na opinião pública.
Numa análise minuciosa desta revista, realizada em seu site, o jornalista Luis Nassif fala de uma perigosa proximidade entre lobistas e repórteres nas revistas classificadas como do estilo "neocon". A presença de "reporteres de dossier" é uma outra característica deste tipo de revista. A luz dos comentários deste conceituado jornalista a lista de situações onde a condição de indígenas é sistematicamente questionada não deixa de ser bastante significativa. Ai aparecem os Anacés, que vivem no município de São Gonçalo do Amarante (onde está o porto de Pecem, no Ceará); os Guarani-M'bià, confrontados por uma proposta do mega-investidor Eike Batista de construção de um grande porto em Peruíbe, São Paulo; e os mesmos Guaranis de Morro dos Cavalos (SC), que lutam contra interesses poderosos, que os qualificam como "paraguaios" (tal como os seus parentes Kayowá e Nandevá do Mato Grosso do Sul, em confronto com o agro-negócio pelo reconhecimento de suas terras).
Como o objetivo último é enfraquecer os direitos indígenas (em disputas concretas com interesses privados), os alvos centrais destes ataques tornam-se os antropólogos, os líderes indígenas e os seus aliados (a matéria cita o Conselho Indigenista Missionário/CIMI por várias vezes e sempre de forma igualmente desrespeitosa e inadequada).
É neste sentido que a CAI vem expressar sua posição quanto a necessidade de uma responsabilização legal dos praticantes de tal jornalismo, processando-os por danos morais e difamação. Neste momento a Presidência da ABA está em contato com seus assessores no campo jurídico visando definir a estratégia processual de intervenção a seguir.
Dada a assimetria de recursos existentes, contamos com a mobilização dos antropólogos e de todos que se preocupam com a defesa dos direitos indígenas para, através de sites, listas na Internet, discussões e publicações variadas, vir a contribuir para o esclarecimento da opinião pública, anulando a ação nefasta das matérias mentirosas acima mencionadas. Que não devem ser vistas como episódios isolados, mas como manifestações de um poder abusivo que pretende inviabilizar o cumprimento de direitos constitucionais, abafando as vozes das coletividades subalternizadas e cerceando o livre debate e a reflexão dos cidadãos. No que toca aos indígenas em especial a Veja tem exercitado com inteira impunidade o direito de desinformar a opinião pública, realimentar velhos estigmas e preconceitos, e inculcar argumentos de encomenda que não resistem a qualquer exame ou discussão.

João Pacheco de Oliveira
Coordenador da Comissão de Assuntos Indígenas/CAI

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Presença das mulheres na antropologia do século XX em debate na UFSC


Miriam Pillar Grossi, antropóloga e professora da UFSC, apresenta nesta quarta-feira, 28 de abril, no miniauditório do CFH, às 18h30min, os resultados das recentes pesquisas de seu pós-doutorado, sobre a presença das mulheres na antropologia do século XX.

As debatedoras de "Antropólogas no século XX: uma história invisível?" serão as professora Antonella Tassinari, do Núcleo de Estudos das Populações Indígenas (NEPI) e Ilka Boaventura Leite, do Núcleo de Estudos de Identidade e Relações Interétnicas (NUER).

A pesquisadora realizou seu segundo pós-doutorado, como bolsista do CNPq, na École des Haute Études em Sciences Sociales (EEHSS), na França e na University of California – Berkeley, Estados Unidos.

O evento integra o projeto Diálogos Transversais em Antropologia, promovido pelo Laboratório de Antropologia Social (LAS)
www.las.ufsc.br, que converge os laboratórios e grupos de pesquisa de antropologia da UFSC. O projeto pretende uma conversa entre os núcleos do LAS, aberta ao público, e já apresentou debates como: O que as crianças têm a ensinar para a Antropologia ?

Miriam é coordenadora do Núcleo de Identidades de Gêneros e Subjetividade (NIGS)wwww.nigs.ufsc.br.
Foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), é membro do corpo editorial de vários periódicos como a Revista de Estudos Feministas (REF), Cadernos Pagu, Nouvelles Questions Féministes e a Revista Sociedade em Estudos. Suas grandes áreas de estudos são: gênero, violência contra mulheres, homossexualidades e parentesco, ensino de antropologia, história da antropologia francesa e da antropologia brasileira.

A antropóloga recebeu vários prêmios como o de melhor livro acadêmico sobre Sexualidade, da Sociedade Brasileira de Sexologia com – Conjugalidades, Parentalidades e Identidades Lésbicas, Gays e Travestis, (2007) e também o prêmio Pierre Verger (ABA) pelo documentário Mauss e suas alunas (2002), realizado em parceria com Carmen Silvia Rial, também do Departamento de Antropologia da UFSC. O filme foi escolhido para o encerramento do 23eme Bilan du Film Ethnographique, realizado em 2004, em Paris.

Miriam, também em co-autoria com Carmen, realizou o documentário Germaine Tillion - Là oú il y a du danger on vous trouve toujours, (2007) que trata da trajetória acadêmica e pessoal de Germaine Tillion (1907-2008) destaque na antropologia, uma das maiores personagens francesas do século XX.

Mais informações: www.miriamgrossi.cfh.prof.ufsc.br

Por Alita Diana/jornalista da Agecom/UFSC

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Lançamento do Projeto ICEAO/UFBA - BA

Car@s Professores/as, Estudantes, Funcionários/as e Parceiros/as:

No próximo dia 20 de abril, às 14 horas, na Sala dos Conselhos, Palácio da Reitoria, ocorrerá o evento de lançamento do projeto de criação de uma nova unidade de ensino na Universidade Federal da Bahia, de caráter multidisciplinar, voltada para os estudos africanos, afro-brasileiros e orientais. Esta iniciativa surgiu a partir das experiências acumuladas ao longo dos cinqüenta anos de funcionamento do Centro de Estudos Afro-Orientais como órgão suplementar, vinculado à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e levando em conta o contexto atual marcado pelo crescimento da UFBa, que se traduz no aumento do número de matrículas, no surgimento de novos componentes curriculares, de novos cursos de graduação e pós-graduação e de novas unidades de ensino.
 
O objetivo principal do evento é propiciar a participação da comunidade universitária da UFBa, bem como de outras instituições parceiras do CEAO e da sociedade em geral, nas discussões sobre o projeto de criação desta nova unidade de ensino incorporando as sugestões e reflexões dos presentes. O documento que servirá de referência para a discussão segue anexado.
 
Desde já agradecemos a sua valiosa participação. 

Saudações universitárias, 

Paula Barreto e Florentina Souza (Coordenação – CEAO)
 
Evento: Lançamento do Projeto de Criação do Instituto CEAO
Data: 20 de abril, terça-feira, às 14 horas
Local: Sala dos Conselhos, Palácio da Reitoria da UFBa, Rua Augusto
Viana, s/n – Canela

sábado, 20 de março de 2010

Antropologia & Literatura - DF

(Clique na imagem para ampliá-la)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Seminários do DAN - DF

Coordenação:
Profa. Andréa de Souza Lobo
Profa. Juliana Braz Dias

Local: Sala de Reuniões do Departamento de Antropologia (UnB)
Horário: 16:00 horas
Março
24 - Gonçalo João Duro dos Santos (Department of Anthropology, London School of Economics): ‘‘Leilões de palavras' e torneios de virtude no Sul da China. Uma abordagem etnográfica ao universo da imaginação ética”.
31 - Florian Mühlfried (UNICAMP/ Max Planck Institute for Social Anthropology): “Newborn Citizens in a Post-Soviet Landscape”.

Abril
07 - José Antonio Kelly Luciani (UFSC): “Indianización del estado y anti-mestizaje indígena en Venezuela”.
28 – Henyo T. Barretto Filho (IEB):

Maio
12 - Carlos Steil (UFRGS): “Corpo, paisagem e espiritualidade. Um olhar antropológico sobre o centro ecológico Rincão Gaia - Pantano Grande, RS”.
26 - Paulo Abrantes (UnB): “A Cultura na Antropologia Biológica Contemporânea”.

Junho
9 - Annette Leibing (Universidade de Montreal): “Heterotopias - Corpo, cidadania e hipertensão numa favela carioca”.
23 - Ruben Caixeta de Queiroz (UFMG/UnB): “Redes de Grupos Locais no Norte-Amazônico: uma análise espaço-temporal do complexo Tarumã/Parukoto”.
 
Inscrições para Certificado: De 22 a 29/03/2009

Local Departamento de Antropologia/UnB – ICC Centro –Sobreloja- B1-347
Observação: Os seminários são abertos ao público em geral. Para obtenção de certificado é necessário o comparecimento em seis palestras.